segunda-feira, 8 de agosto de 2016

COMO A NOSSA VIDA MUDA COM A MORTE DE NOSSOS PAIS...!.

COMO A NOSSA VIDA MUDA COM A MORTE DE NOSSOS PAIS...!.


( P.V / A.S / 453-2016 ),

" Todo mundo já passou por algo que nos modificou de tal modo que não foi mais possível ser a pessoa que éramos antes ".

Nos sentimos tão seguros enquanto temos nossos pais né? Mas, depois que eles não estão mais aqui, parece que nos falta tudo, o chão se abre, o chão nos falta, e cada alegria ou dificuldade dali em diante temos que encarar SOZINHOS, sem podermos mais dividir.

É aí que começamos perceber que a vida nos prega peças, que ela literalmente não é como a gente quer, e sim como ela tem que ser.

Quando estamos com ( ou temos ) os nossos pais, temos com quem contar, temos com quem desabafar, temos apoio, temos um colo, um agrado que tem sabor de cura, que nos alivia de absolutamente todas as angústias. Mas, quando eles não estão mais por aqui, nos sentimos sozinhos, e muitas vezes desamparados, e porque não dizer mais angustiados ou inseguros por ter que decidir coisas e arcar com todas as consequências sozinhos, e ainda fazer de tudo de melhor para o nosso bem estar e pelo bem estar dos nossos.

É nestes momentos que nos sentimos ansiosos e aflitos, sem saber se estamos fazendo tudo certo, tudo pelo melhor, ou, o máximo que podemos ou poderíamos, assim, como exige a nossa atual realidade.

E, como a vida nem sempre anda como a gente quer, caímos, levantamos, caímos outra vez, levantamos novamente e isso se repete dezenas e centenas de vezes, e o interessante é que levantamos cada vez mais fortes, mais experientes e muito mais capazes.

Já não sei se isso é bom ( prefiro acreditar que sim... ), ou se estes " tombos " servem mesmo para quebrar a gente ( penso que não... ). De certo eles vêm para crescermos de fato e de uma vez por todas, mesmo que acabamos ficando cada vez mais desconfiados de tudo e de todos, insatisfeitos muitas vezes, e sempre achando que não somos o suficiente para ninguém, às vezes nem para nós mesmos.
Damos o nosso melhor, e nem sempre recebemos em troca o que demos, às vezes recebemos de volta a ingratidão, e aí, bah!

Dai, por vezes, queremos voltar para lá, para o tempo em que tínhamos os nossos pais, onde as nossas responsabilidades não eram tão sérias assim, ou eram pelo menos divididas, onde eles resolviam tudo e nós ganhávamos tudo pronto sem nem mesmo imaginar de onde vinha tudo aquilo ( do carinho ao material, do colo ao " sacrifício "... ), nem nos preocupávamos com dinheiro, com contas à pagar, ou a receber, e muitas outras das nossas responsabilidades de hoje em dia...

O nosso tombo inicial, ou, tombo maior, ou ainda, o primeiro deles, é justamente ali, quando perdemos os nossos pais, que perdemos aquele mundo feito de magia, de palavras, de carícias, de gestos e inclusive de repetidos conselhos que às vezes irritavam um pouco ( e muitos simplesmente ignoramos... ), e de “ manias ”, estas que nos faziam sorrir ou " esfregar a cabeça " porque nos reconhecíamos nelas. Mas que agora começam a se fazer sentir ausentes, e de uma forma nada fácil de lidar.

Tantas experiências vividas juntos, tanto felizes quanto tristes, e de repente, " vapt ", nos restaram apenas a saudade.

Talvez o fato de não ter as pessoas queridas presentes reflete em nós o entendimento sobre o porquê de muitas atitudes até então incompreensíveis, contraditórias ou até mesmo repulsivas.

Quando os pais já não estão mais, passa a existir àquela sensação de “ nunca mais ”, para uma forma de proteção e de apoio que, de uma forma ou de outra, e até então, sempre esteve presente.

É, não tem coisa pior que possa nos acontecer, mas, é parte da vida e faz parte também do ciclo natural da mesma ( quão triste seria se eles nos perdessem... ), então, lamentavelmente somos obrigados a aceitar que os nosso pais realmente NÃO SÃO ETERNOS!

Enfim, um pedaço nosso se perdeu no tempo ( mas também ficou... ), e nunca mais poderemos sentir aquele cheiro, gozar daquele carinho, ou, desfrutar outra vez daquela segurança ímpar.

E de agora em diante, tudo mudou, só nos resta mesmo é erguer a cabeça e seguir em frente, e enfrentar tudo aquilo que nos espera logo ali na frente, daqui a pouco, no próximo minuto, aprendendo dia a dia a sermos diferentes, e não mais como eramos antes, agora nos resta viver com saudades, mas, sempre tentando acertar e fazendo o melhor, assim como temos certeza que nossos pais fizeram, ou, fariam se ainda estivessem por aqui...!.



" O MAIOR DEFEITO DOS PAIS É NÃO SEREM ETERNOS ". ( Desconhecido ).

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