quinta-feira, 4 de junho de 2020

UM POUQUINHO DE OSCARITO.

UM POUQUINHO DE OSCARITO.

( ponto de vista / pesquisa / assunto sugerido ).

Oscarito, pseudônimo de Oscar Lorenzo Jacinto de la Imaculada Concepción Teresa Diaz ( Málaga, 16 de Agosto de 1906 - Rio de Janeiro, 04 de Agosto de 1970 ) foi um ator hispano-brasileiro, considerado um dos mais populares cômicos do Brasil. Ficou famoso pela dupla que fez com Grande Otelo, em comédias dirigidas por Carlos Manga e Watson Macedo.

Nasceu em família circense, vindo para o Brasil com um ano de idade, mas somente naturalizou-se em 1949. Seu pai era alemão e a mãe portuguesa.
Estreou no circo aos cinco anos de idade, ali aprendeu a tocar violino, sendo ainda palhaço, trapezista, acrobata e ator.

Estreou no Teatro de revista em 1932, na peça " Calma, Gegê ", que satirizava o ditador Getúlio Vargas, de quem tornou-se amigo. No cinema estreou em Noites Cariocas, de 1935, embora tenha figurado num filme anterior, e foi nesta arte que ganhou enorme popularidade no país. Fez parceria com Grande Otelo em diversos filmes de chanchada.

Seu nome, no Brasil, era paralelo para os maiores humoristas do cinema, como Charles Chaplin ou Cantinflas.

Foi casado com Margot Louro, com quem teve dois filhos. Já aposentado, tentou imitar em casa seu pulo característico, tendo o acidente vascular que o matou, a 4 de Agosto de 1970.

Entre seus principais trabalhos estão:

1975 - Assim era a Atlântida
1968 - Jovens Para Frente
1967 - A Espiã que Entrou em Fria
1965 - Crônica da Cidade Amada
1962 - Os Apavorados
1962 - Entre Mulheres e Espiões
1960 - Dois ladrões
1960 - Duas Histórias
1959 - O Cupim
1959 - Pintando o Sete
1959 - O Homem do Sputnik
1958 - Esse Milhão é Meu
1957 - De Vento em Popa
1957 - Treze Cadeiras
1956 - Vamos com Calma
1956 - Colégio de Brotos
1956 - Papai Fanfarrão
1955 - O Golpe
1955 - Guerra ao Samba
1954 - Matar ou Correr
1954 - Nem Sansão nem Dalila
1953 - Dupla do Barulho
1952 - Três Vagabundos
1952 - Carnaval Atlântida
1952 - Barnabé, tu és meu
1951 - Aí Vem o Barão
1950 - Aviso aos Navegantes .... Frederico 2
1949 - Carnaval no Fogo
1949 - Caçula do Barulho
1948 - É com Este que Eu Vou
1948 - Falta Alguém no Manicômio
1948 - E o Mundo se Diverte
1947 - Asas do Brasil
1947 - Este Mundo é um Pandeiro
1946 - Fantasma por Acaso
1945 - Não Adianta Chorar
1944 - Gente Honesta
1944 - Tristezas não Pagam Dívidas
1942 - Os Malandrões
1941 - O Dia é Nosso
1941 - Vinte e Quatro Horas de Sonho
1940 - Céu Azul
1938 - Banana da Terra
1938 - Bombonzinho
1938 - Está Tudo Aí!
1936 - Alô, Alô Carnaval
1935 - Noites Cariocas
1933 - A Voz do Carnaval

Oscarito veio morar no Brasil, com a família, com apenas um ano de idade. Ainda criança trabalhou no circo como trapezista, palhaço e acrobata. Atuou também em pequenos grupos de teatro junto com integrantes de sua família.

No começo da década de 1930 entrou para o Teatro de Revista. Em 1932, estreou no teatro com a peça “Calma, Gegê”, onde ocorria uma sátira ao então presidente Getúlio Vargas.

Sua estréia no cinema foi em 1935 no filme Noites Cariocas. Ganhou grande destaque com seu personagem cômico de um carioca simpático. Sua parceria com Grande Otelo fez grande sucesso nas telas do cinema brasileiro.

Uma das qualidades de Oscarito foi levar a alegria do circo e dos palhaços para a representação no teatro e no cinema.

Dos principais filmes de Oscarito destacamos:

- Noites Cariocas ( 1935 )
- Banana da Terra ( 1938 )
- Céu Azul ( 1940 )
- Vinte e Quatro Horas de Sonho ( 1941 )
- Tristezas Não Pagam Dívidas ( 1944 )
- Não adianta chorar ( 1945 )
- Fantasma por Acaso ( 1946 )
- Este Mundo é um Pandeiro ( 1947 )
- Carnaval no Fogo ( 1949 )
- Aviso aos Navegantes ( 1950 )
- Carnaval Atlântida ( 1952 )
- Matar ou correr ( 1954 )
- Nem Sansão nem Dalila ( 1954 )
- Pintando o Sete ( 1959 )
- Os Dois Ladrões ( 1960 )
- Crônica da Cidade Amada ( 1965 ).

O maior comediante brasileiro de todos os tempos, só comparável à Chaplin, Keaton e Mazzaropi em seus momentos mais inspirados. Os filmes em que Oscarito trabalhava poderiam ser ruins ( nem todos são bons ), mas ele nunca era medíocre. Parecia estudar muito cada cena para transformá-la em algo espetacular, que encantava o público. É necessário ver os seus filmes mais de uma vez para perceber todos as minúcias de suas interpretações. Sem sombra de dúvidas, um gênio da comédia!

Rei do riso, assim ele era conhecido.

A expressão gaiata, o sorriso brejeiro e o olhar maroto de Oscar Lorenzo Jacinto de la Imaculada Concepción Teresa Dias, mais conhecido como Oscarito, não se perderam com o passar dos anos, permanecem registrados em fotografias e filmes do ator.

No circo, Oscarito começou a participar de um número de acrobacia com a mãe e a irmã Lili e, com cinco anos, estreou no palco vestido de índio, ao lado do palhaço e ator negro Benjamin de Oliveira, embranquecido com alvaiade ou farinha de trigo, para viver o índio Peri, na peça O Guarani, livre adaptação do romance de José de Alencar.

A famosa parceria entre Oscarito e Grande Otelo consolidou-se em 1945, a partir de Não Adianta Chorar, sob a direção de Watson Macedo. A “ dupla do barulho ” protagonizou cenas antológicas para a história da chanchada. Como síntese de suas habilidades histriônicas, podemos eleger a paródia de uma cena da tragédia da peça Romeu e Julieta, de Shakespeare, em Carnaval no Fogo, dirigido por Watson Macedo, em 1949. A última participação de Oscarito na Atlântida foi " Entre Mulheres e Espiões ", realizado em 1962, sob a direção de Carlos Manga.

Oscarito percorreu o Brasil apresentando peças, ganhou prêmios, recebeu ( mas não aceitou ) convites para trabalhar em Hollywood, foi contratado pela Rádio Tupi, compôs músicas para filmes e revistas e atuou na série Trapalhadas do Oscarito, escrita por Jorge Murad e Moysés Duek, na extinta TV Tupi.

Naturalizado brasileiro em 1949, nunca se considerou espanhol e soube como ninguém representar o jeito carioca de ser: “ Sou, ou não sou o ‘ malandro carioca ’? ”.

Faleceu em 04 de Agosto de 1970, aos 64 anos de idade, mas suas performances cômicas, imortalizadas nas chanchadas da Atlântida, podem ser hoje apreciadas, eventualmente, em festivais e mostras do cinema brasileiro.

Um ator com características próprias e únicas, daqueles que não existem mais hoje em dia, pelo menos não com tamanha categoria diante do verdadeiro humor.

Uma dica: É possível encontrar, nas locadoras de vídeo mais especializadas, um pequeno estoque de filmes capaz de satisfazer a curiosidade dos que desejam conhecer a verve humorística de Oscarito. Corre lá e boa viagem...!

Encerramos com uma " palhinha " de Oscarito e Grande Otelo em Romeu e Julieta, uns irão recordar e outros apenas conhecer, segue o link...

https://www.youtube.com/watch?v=e-lpZdGTTGI

“ Eu realmente trabalhei muito. Eu dormia no estúdio para poder às 6 da manhã estar de pé, para dar tempo de tomar banho, tomar café. De uma fita para outra eu fazia teatro e, quando eu não fazia cinema, eu viajava por aí, fazendo show.”. - Oscarito.

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