quinta-feira, 12 de maio de 2016

" O tempo não volta, o que volta é a vontade de voltar no tempo.".

O lugar onde passei 3 meses por ano de toda a minha infância, nunca imaginei ver uma foto do Parque Estrela do Sul.
Chegou a ser bem maior, com brinquedos bem mais modernos.

Tinha o trem fantasma, apesar de simples, o mais assustador que eu já vi ( perdendo apenas para um que conheci na Barra Sul tempos depois e que era ao vivo, onde os monstros eram pessoas que corriam atrás da gente... não vingou! ). A pista de carros choques era o tamanho ideal e a velocidade dos carros nunca mais encontrei em parque nenhum, e olha que fui em vários. Nesse parque conheci em 1984 o " cine 80 graus ", se não me engano era assim que se chamava, era uma pequena salinha de cinema, onde, em pé você assistia a um filme, e tudo naquele filme parecia que ia atingir você, ( trens descarrilavam, carros capotavam, flexas eram lançadas, tudo sobre você...), uma espécie de 3D de hoje, na minha opinião, bem melhor e muito mais emocionante, as pessoas lá dentro chegavam se jogar, umas sobre as outras e caírem no chão, de tão real que era. Até hoje sou fã da " maçã do amor ", mas confesso, nunca mais encontrei uma igual a aquelas que eram vendidas no Parque Estrela do Sul.

Posteriormente, eu já era mais crescido um pouco, colocaram bem no canto da esquerda do parque, um brinquedo arrojado para época e que ficava de ponta cabeças, parece que era o " Kamikaze ", quantas vezes levamos " xingões " dos operadores porque ajuntávamos as moedas que caiam do bolso da galera enquanto estavam de pernas para o ar, o que seria um direito deles e de acordo com eles próprios, os operadores.
Recolhíamos para gastar depois que o parque fechasse nos FLIPERAMAS de Balneário Camboriú, eram vários e também os melhores que já conheci. Lembro até hoje do meu amigo Henrique jogando " Double Dragon " e segurando um " morenão " do jogo contra a parede e esmurrando contra uma porta de metal numa espécie de garagem, para ganhar " vidas ", era tipo assim, um " bug " do jogo. Madrugávamos, eu, mais assistindo o Henrique que jogando, já no auge dos meus 12 a 15 anos.

Hoje o parque deu lugar ao fantástico Shopping Atlântico, terreno abençoado esse, desde os primórdios dominando...!

Cada vez que saíamos a noite, meu pai, minha mãe e eu para caminhar por Balneário eu literalmente " empacava " em frente ao parque logo às 21:00 e meu pai se via " amarelo " para me tirar de lá antes de fechar, caso contrário, perdíamos o " espetinho " da churrascaria " O espetinho de ouro " que ficava ali bem próximo, onde hoje é o camelódromo da Avenida Brasil, arredores do Schoredder, esta churrascaria só perdia para uma outra, que sem dúvidas foi a melhor de Balneário, até hoje, CHURRASCARIA PAVAN era o nome, de um grande amigo do meu pai, Leonel Pavan, na verdade era do pai dele, mas que ele, o Leonel tocou ainda por um tempo depois do falecimento do seu pai.
De garçom de sua própria churrascaria a governador do estado, grande Pavan, simpatia em pessoa, minha última visita à sua churrascaria foi com uma ex-namorada, guardo até hoje o guardanapo com uma dedicatória do então Prefeito de Balneário Camboriú.
E, o dia que cheguei lá e não vi mais a nossa churrascaria do dia a dia, me deu vontade de chorar e voltar na mesma hora, o Angeloni tinha se instalado lá... bah, com a fome que eu tava para mim aquilo foi o fim!

BC teve pra mim tipo assim um ac/dc, antes, com o parque e a churrascaria e depois, sem o parque e a churrascaria.
Continua sendo um paraíso, o mais lindo do Brasil sem dúvidas e muito me orgulha ter um pedacinho de lá, mas que já foi bem mais interessante, isso já!

Até a noite na calçada da orla era diferente e legal, não existiam camelódromos ", e sim, uma " Feirinha Hippie " quilométrica na calçada da orla, era muito visitada, tudo lá era artesanal e dava vontade de comprar tudo o que a gente via... PUTZ, QUE SAUDADE!

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