domingo, 13 de outubro de 2019

O VERÃO PROMETE.

O VERÃO PROMETE.

( ponto de vista / pesquisa / assunto sugerido ),

O próximo Verão promete ser um dos mais insuportáveis de todos os tempos no Brasil, com as temperaturas ultrapassando facilmente os 40º C por vários dias seguidos nos locais tradicionalmente mais quentes, como Rio de Janeiro, Piauí e Tocantins. Segundo meteorologistas, os termômetros podem registrar calor até 4º C acima da média.

E, diante de uma Primavera que já teve dias de calor intenso em algumas regiões, muita gente já se prepara para o pior.

É que, pela primeira vez, se registra uma combinação inédita: A elevação da temperatura média do planeta por conta do aquecimento global e um fenômeno El Niño muito intenso.

De acordo com especialistas, o mundo já está 0,8º C mais quente por conta do aquecimento global provocado pela ação humana. E tudo indica que 2015 deverá ser o ano mais quente já registrado.

Para piorar, a previsão para este ano é de que tenhamos um super El Niño, ou mesmo um El Niño monstro, como já vem sendo chamado, dos mais intensos já registrados.

O fenômeno está relacionado ao aquecimento das águas do Pacífico Sul e, em geral, à elevação das temperaturas globais. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, o El Niño deste ano pode se tornar um dos quatro mais quentes dos últimos 65 anos.

" Podemos esperar um verão mais quente, com temperaturas até quatro graus Celsius acima da média ", diz o meteorologista José Antonio Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden ( Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais ).

" Isso ocorre por uma combinação de fatores: O aumento da temperatura por conta do aquecimento, as ilhas de calor das cidades e um El Niño intenso que estará em sua atividade máxima justamente em Novembro, Dezembro e Janeiro ".

O climatologista Carlos Nobre, atualmente na presidência da Capes ( Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ), diz que já é possível saber que o próximo Verão será seco em várias partes da Amazônia e também registrará menos chuvas do que a média no Nordeste. O Sul do País, por sua vez, será castigado por chuvas mais intensas. A grande incógnita para os especialistas é o que acontecerá no Sudeste.

" O verão terá temperaturas mais altas no Sudeste, isso podemos dizer, por conta da influência do El Niño. Mas não dá para saber ainda como será o regime de chuvas ", diz Nobre.

A estiagem registrada nos últimos dois anos, com graves consequências para os níveis dos reservatórios de água, pode agravar ainda mais o problema, se voltar a se repetir. Setembro foi de chuvas na região, mas, novamente, não há ainda como prever como será o próximo mês.

O Rio de Janeiro está entre as cidades com o verão mais quente do País, ao lado de Teresina, no Piauí, e Palmas, no Tocantins. E mesmo São Paulo, tradicionalmente mais frio, terá temperaturas mais altas.

" Na Europa, na onda de calor de 2003, mais de 30 mil mortes foram atribuídas ao calor ", lembra Nobre. " E as temperaturas foram de três graus acima da média. Claro, eles lá não tinham muitos locais com ar-condicionado, nem estão adaptados ao calor, mas, ainda assim ".

No Sul e no Sudeste, as cidades têm planos apenas para enchentes. No Nordeste, para a seca.

Mas, até agora, por incrível que pareça, nenhuma cidade brasileira tinha um plano emergencial para lidar com o calor. Pela primeira vez, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, que reúne diferentes secretarias e órgãos municipais com o objetivo de responder a emergências de forma integrada, elabora um plano para ondas de calor intenso, como as que atingiram recentemente a Índia e o Paquistão, deixando milhares de mortos.

" A falta de previsão é motivo para estarmos ainda mais preparados. Não podemos correr riscos, não podemos esperar 200 pessoas morrerem para começarmos a agir ", afirma o diretor do Instituto Pereira Passos, Sérgio Besserman, que integra a força-tarefa da prefeitura.

Leitos extras em hospitais, atendimento de emergência e campanhas públicas educativas incentivando a hidratação são algumas das medidas que fazem parte do plano de ação. As pessoas mais vulneráveis ao calor são os idosos e os bebês, cujos organismos têm menos capacidade de adaptação e defesa.

Segundo os especialistas, o maior problema do calor para a saúde não é o pico de temperatura mais elevada, mesmo que acima dos 40º C. O grande risco é quando, ao longo de pelo menos três dias consecutivos, a temperatura máxima passa dos 36º C e a mínima não cai abaixo dos 21º C. Quando isso ocorre, o corpo não consegue se resfriar e tende ao superaquecimento, o que pode levar a paradas cardíacas e derrames.

Então, nós, os seres ditos humanos, que não cuidamos da natureza, somos sim os únicos culpados pelas trágicas mudanças no clima, afinal, se cada um fizesse a sua parte, haveriam muito menos prejuízos na natureza, consequentemente, sofreríamos muito menos com o fator clima...!

" Estou Sentindo a Fúria da Natureza, sobre a humanidade e vejo que várias pessoas já morreram a sofrer alagamento de chuvas, neves, o Mar a se Avançar com tsunami, calor em vários outros locais e com isso até a própria natureza está a sofrer com as degradações desses acontecimentos.". - Linartt Vieira.

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