AS BONECAS " ABAYOMI ".
( P.V / P / A.S / 632-2016 ),
Assistindo a um teatro de arena em nossa cidade, ou, uma " contação de histórias ", mais especificamente na ocasião da espetacular Ação Social Alfa que acontece todos os anos ( com esse já foram sete... ) no dia das crianças, tive a oportunidade de ouvir uma história africana, e ao seu término, recebemos dos artistas como uma forma, ou um gesto de gratidão, uma boneca " Abayomi, da cultura africana e afro brasileira.
Vamos ali, tentar encontrar o real significado e tentar entender um pouquinho melhor a história das " bonecas Abayomi "... aos trabalhos...
BONECAS ABAYOMI: SÍMBOLO DE RESISTÊNCIA, TRADIÇÃO E PODER FEMININO.
Para acalentar seus filhos durante as terríveis viagens a bordo dos tumbeiros, navio de pequeno porte que realizava o transporte de escravos entre África e Brasil, as mães africanas rasgavam retalhos de suas saias e a partir deles criavam pequenas bonecas, feitas de tranças ou nós, que serviam como amuleto de proteção.
As bonecas, símbolo de resistência, ficaram conhecidas como Abayomi, termo que significa " Encontro precioso ", em Iorubá, uma das maiores etnias do continente africano cuja população habita parte da Nigéria, Benin, Togo e Costa do Marfim.
Sem costura alguma ( apenas nós ou tranças ), as bonecas não possuem demarcação de olho, nariz nem boca, isso para favorecer o reconhecimento das múltiplas etnias africanas.
Inspirado pela tradição dessa arte histórica, a artesã e arte-educadora Cláudia Muller desenvolveu um trabalho único, e, com o objetivo de evidenciar a memória e identidade popular do povo brasileiro, valorizando a diversidade cultural que reina na terra brasilis, criou o projeto Matintah Pereira.
A iniciativa produz versões próprias das Abayomi e promove oficinas tanto para ensinar o processo de criação quanto para discutir a importância histórica e social entorno das bonecas.
" Contam os ribeirinhos que a Matintah é uma feiticeira anciã. Seus trajes são negros retalhos esfarrapados, que também adornam sua cabeça, cobrindo seus longos cabelos brancos. Dizem que ela é sábia conhecedora de todas as floras medicinais, e que as manipula divinamente ", explica a artista baseada atualmente em São Vicente, cidade do litoral sul de São Paulo.
A produção de Cláudia Muller é integralmente sustentável. Para a confecção, ela faz uso de elementos de origem 100% natural, como tecidos de fibra de algodão, corantes naturais à base de pigmentos extraídos de cascas, folhas, flores e sementes, além de essências e óleos naturais da Amazônia.
Como antes dito, as bonecas Abayomi não possuem demarcação de olho, nariz nem boca, isso para favorecer o reconhecimento das múltiplas etnias africanas.
À partir de todos estes elementos é possível ter uma dimensão da importância das bonecas Abayomi para história do Brasil e sua relação com o continente africano.
Além de serem encantadoras, elas se colocam como elemento de afirmação das raízes da cultura brasileira e também do poder e determinação das mulheres negras.
São de suma importância as bonecas Abayomi, pois elas resgatam o respeito às mulheres afro, e ao povo que é discriminado pela cor.
A palavra Abayomi tem origem iorubá, e costuma a ser uma boneca negra, significando aquele que traz, felicidade ou alegria. ( Abayomi quer dizer encontro precioso: bay = encontro e omi = precioso ). O nome serve para meninos e meninas, indistintamente. Não se deve confundir com Abaiomi, também iorubá, de significado diverso.
O nome é comum na África, principalmente na África do Sul, embora também seja encontrado com frequência até o norte da África, e mais raramente, no Brasil.
No Brasil, além de nome próprio, designa bonecas de pano artesanais e muito simples, confeccionadas à partir de panos reaproveitados.
Portanto, as bonecas representam a nossa cultura, a cultura de muitos que tem no seu DNA, a cor negra, a cultura negra.
As bonecas, estão sendo divulgadas para conscientizar as pessoas sobre a importância de se respeitar as outras pessoas, independente de cor, raça, ou condição social.
Guardarei as duas que recebi nesta ocasião, com muito carinho e respeito...!.
" ENQUANTO A COR DA PELE FOR MAIS IMPORTANTE QUE O BRILHO DOS OLHOS, HAVERÁ GUERRA ". - Bob Marley.
( P.V / P / A.S / 632-2016 ),
Assistindo a um teatro de arena em nossa cidade, ou, uma " contação de histórias ", mais especificamente na ocasião da espetacular Ação Social Alfa que acontece todos os anos ( com esse já foram sete... ) no dia das crianças, tive a oportunidade de ouvir uma história africana, e ao seu término, recebemos dos artistas como uma forma, ou um gesto de gratidão, uma boneca " Abayomi, da cultura africana e afro brasileira.
Vamos ali, tentar encontrar o real significado e tentar entender um pouquinho melhor a história das " bonecas Abayomi "... aos trabalhos...
BONECAS ABAYOMI: SÍMBOLO DE RESISTÊNCIA, TRADIÇÃO E PODER FEMININO.
Para acalentar seus filhos durante as terríveis viagens a bordo dos tumbeiros, navio de pequeno porte que realizava o transporte de escravos entre África e Brasil, as mães africanas rasgavam retalhos de suas saias e a partir deles criavam pequenas bonecas, feitas de tranças ou nós, que serviam como amuleto de proteção.
As bonecas, símbolo de resistência, ficaram conhecidas como Abayomi, termo que significa " Encontro precioso ", em Iorubá, uma das maiores etnias do continente africano cuja população habita parte da Nigéria, Benin, Togo e Costa do Marfim.
Sem costura alguma ( apenas nós ou tranças ), as bonecas não possuem demarcação de olho, nariz nem boca, isso para favorecer o reconhecimento das múltiplas etnias africanas.
Inspirado pela tradição dessa arte histórica, a artesã e arte-educadora Cláudia Muller desenvolveu um trabalho único, e, com o objetivo de evidenciar a memória e identidade popular do povo brasileiro, valorizando a diversidade cultural que reina na terra brasilis, criou o projeto Matintah Pereira.
A iniciativa produz versões próprias das Abayomi e promove oficinas tanto para ensinar o processo de criação quanto para discutir a importância histórica e social entorno das bonecas.
" Contam os ribeirinhos que a Matintah é uma feiticeira anciã. Seus trajes são negros retalhos esfarrapados, que também adornam sua cabeça, cobrindo seus longos cabelos brancos. Dizem que ela é sábia conhecedora de todas as floras medicinais, e que as manipula divinamente ", explica a artista baseada atualmente em São Vicente, cidade do litoral sul de São Paulo.
A produção de Cláudia Muller é integralmente sustentável. Para a confecção, ela faz uso de elementos de origem 100% natural, como tecidos de fibra de algodão, corantes naturais à base de pigmentos extraídos de cascas, folhas, flores e sementes, além de essências e óleos naturais da Amazônia.
Como antes dito, as bonecas Abayomi não possuem demarcação de olho, nariz nem boca, isso para favorecer o reconhecimento das múltiplas etnias africanas.
À partir de todos estes elementos é possível ter uma dimensão da importância das bonecas Abayomi para história do Brasil e sua relação com o continente africano.
Além de serem encantadoras, elas se colocam como elemento de afirmação das raízes da cultura brasileira e também do poder e determinação das mulheres negras.
São de suma importância as bonecas Abayomi, pois elas resgatam o respeito às mulheres afro, e ao povo que é discriminado pela cor.
A palavra Abayomi tem origem iorubá, e costuma a ser uma boneca negra, significando aquele que traz, felicidade ou alegria. ( Abayomi quer dizer encontro precioso: bay = encontro e omi = precioso ). O nome serve para meninos e meninas, indistintamente. Não se deve confundir com Abaiomi, também iorubá, de significado diverso.
O nome é comum na África, principalmente na África do Sul, embora também seja encontrado com frequência até o norte da África, e mais raramente, no Brasil.
No Brasil, além de nome próprio, designa bonecas de pano artesanais e muito simples, confeccionadas à partir de panos reaproveitados.
Portanto, as bonecas representam a nossa cultura, a cultura de muitos que tem no seu DNA, a cor negra, a cultura negra.
As bonecas, estão sendo divulgadas para conscientizar as pessoas sobre a importância de se respeitar as outras pessoas, independente de cor, raça, ou condição social.
Guardarei as duas que recebi nesta ocasião, com muito carinho e respeito...!.
" ENQUANTO A COR DA PELE FOR MAIS IMPORTANTE QUE O BRILHO DOS OLHOS, HAVERÁ GUERRA ". - Bob Marley.
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