domingo, 21 de julho de 2019

A TRÁGICA HISTÓRIA DE AMOR DE PEDRO E INÊS DE CASTRO, REI E RAINHA DE PORTUGAL...!.


A TRÁGICA HISTÓRIA DE AMOR DE PEDRO E INÊS DE CASTRO, REI E RAINHA DE PORTUGAL...!. 


( C.I / 349-2017 ),

Uma história de amor dramática. E para Shakespeare nenhum botar defeito. Eu me lembro de ter ouvido sobre Pedro e Inês de Castro pela primeira vez quando estava na escola, mas foi morando em Portugal que aprendi detalhes e, o melhor, vi de perto alguns dos cenários que fizeram parte da trama medieval.

O Infante Pedro era o futuro rei de Portugal, filho de D. Afonso IV, o rei. Como é de praxe nas famílias reais, casamento é questão política, não romântica. Logo, ele foi obrigado a se casar com Constança Emanuel, uma nobre castelhana. Tamanha era a vontade de Pedro se casar que a primeira cerimônia de casamento dos dois foi feita por procuração, no Convento de São Francisco, em Évora. Isso, claro, gerou um conflito e três anos depois os noivos celebraram o casamento em Lisboa.

Os problemas, porém, só estavam começando. Entre as damas de companhia de Constança estava Inês de Castro, uma mulher lindíssima, filha de um poderoso fidalgo galego. O príncipe se apaixonou pela aia e ela correspondeu o sentimento.

Assim, os dois iniciaram um romance nada discreto que chocou toda a corte. Se hoje em dia adultério é motivo de escândalo, imagina em 1339. Para piorar a situação e a opinião pública contrária, o Rei, D. Afonso IV, não estava nada satisfeito com a proximidade e influência dos dois irmãos galegos de Inês sob o futuro rei de Portugal, que atrapalhava muito as relações diplomáticas.

Para tentar acabar com o romance, quando Constança teve seu primeiro filho, D. Luís de Portugal, convidou Inês de Castro para ser madrinha. " Mas como assim? ", você deve estar pensando. Ela não tinha sangue de barata, não. Essa foi uma manobra religiosa, digamos assim. É que na época, a relação entre madrinhas e padrinhos com os pais da criança criava um parentesco moral, ou seja, seria praticamente um incesto o relacionamento do príncipe com a aia.

Só que o D. Luís morreu em uma semana, o que aumentou ainda mais a central da boataria portuguesa medieval e permitiu que o romance adúltero continuasse. Por fim, o Rei cansou do falatório e, em 1344, exilou Inês de Castro em Albuquerque, na fronteira da Espanha. Ele achou que finalmente teria paz na vida.

Por reviravolta do destino ou desgosto, como diria o povo, Constança Emanuel morreu um ano depois, ao dar à luz ao segundo filho, D. Fernando de Portugal. O infante Pedro nem esperou a mulher esfriar no caixão ( exagero da autora ) e já mandou trazer Inês de Castro de volta, para a revolta do Rei. E onde os dois foram morar? Em Coimbra, num palácio perto do Mosteiro de Santa Clara, hoje, Santa Clara, a Velha, em frente ao Rio Mondego, construído pela avó de Pedro, a Santa Rainha Isabel ( ela era santa mesmo, não estou exagerando ).

O romance ia muito bem, obrigado, enquanto Portugal e o resto da Europa conviviam com problemas tipo a peste negra. De 1346 a 1354, Inês teve quatro filhos de Pedro, que se recusava a se casar com outra nobre, sob o pretexto de que ainda sofria com a morte da esposa, Constança.

O filhos ilegítimos de Inês eram claramente uma ameaça ao herdeiro legítimo ao trono, D. Fernando. Corria na boca pequena o boato de que a família Castro conspirava para assassiná-lo. Mas não foi ele quem terminou morto. Em 1355, o Rei D. Afonso IV, cedeu à pressão dos fidalgos portugueses e mandou matar Inês de Castro.
No dia 07 de Janeiro de 1355, aproveitando que Pedro estava viajando numa caçada, três homens. Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco, emboscaram Inês nos jardins onde ela e Pedro costumavam se encontrar, a Quinta dos Amores, e assassinaram a mulher friamente.

As lágrimas derramadas por ela teriam criado uma fonte, a Quinta das Lágrimas, e o sangue que escorreu ficou marcado ali até hoje, em algas vermelhas. Seu corpo foi enterrado na Igreja de Santa Clara.

Quando Pedro voltou da caça e descobriu o que seu pai fez, a coisa ficou feia. Pai e filho entraram num conflito armado que durou meses, até que a intervenção da Rainha selou a paz entre os dois. Dois anos depois, D. Afonso IV morreu e D. Pedro I foi coroado como o oitavo rei de Portugal. Lembram da paz? Pois é, acabou a paz, chegou a hora da vingança.

D. Pedro I mandou caçar os três homens que mataram sua amada. Encontrou dois deles e os assassinou, mandando que arrancassem o coração de um pelo peito e o de outro pelas costas, enquanto assistia e banqueteava. Mas essa nem foi a principal parte de sua vingança. O rei também afirmou que havia se casado secretamente com Inês de Castro, num dia que não lembrava. A palavra do capelão e o do criado selaram a legalidade do casamento, o que significava que D. Inês era uma rainha póstuma e deveria ser tratada como tal.

O Rei mandou construir túmulos magníficos no Convento de Alcobaça, com as sepulturas uma de frente para outra, de forma que, quando despertassem para o dia do juízo final, pudessem se olhar frente a frente. Mas não foi só isso, pelo menos é o que reza a lenda. Antes de colocar o corpo de D. Inês no novo túmulo, D. Pedro I teria colocado o cadáver da amada no trono e obrigado a nobreza portuguesa ( sob pena de morte ) a realizar a cerimônia de beija mão a Rainha morta...!.

( Por Luiza Antunes ).

" UM GRANDE AMOR O VENTO NÃO LEVA, A DISTÂNCIA NÃO SEPARA E O INIMIGO NÃO DESTRÓI...!.". ( Desconhecido ).

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