domingo, 14 de julho de 2019

LINCHAMENTOS, A EPIDEMIA DO MOMENTO.


LINCHAMENTOS, A EPIDEMIA DO MOMENTO.


( ponto de vista / assunto sugerido ),

Está ocorrendo ultimamente uma verdadeira epidemia de linchamentos, em alguns casos a mídia fica sabendo, em outros casos não.

Cada vez mais frequentes são os casos, e o que vemos é a sociedade apoiar de forma aberta essa postura de fazer justiça ( ou vingança ) pelas próprias mãos ao melhor estilo " olho por olho, dente por dente " como forma de satisfação dos seus desejos por calar essa violência, muitas vezes pela dor do outro, mas não pela perspectiva de combater uma outra forma de violência.

Como há casos e casos, precisamos analisar se essa violência não está afetando ainda mais o psicológico de ambos ( do criminoso e do justiceiro ), e consequentemente só aumentando ainda mais a violência na sociedade como um todo.

Penso que em casos extremos e de comprovado fato, até concordaria ( leia-se, concordaria... ), mas penso também que o problema maior vai ser a nossa própria consciência, ou daqueles que as vezes por mero prazer, vão lá e tiram a vida de um " monstro " que poderia muito bem ( ou que deveria ) pagar preso, forma esta a meu ver ainda bem mais coerente, afinal lá sim ele sofreria muito mais do que que " pagando com a vida ", pois lá atrás das grades ele ficaria excluído, isolado e a mercê de outros criminosos, ou seja, a meu ver só lá ele pagaria o preço real pelos atos cometidos, portanto, tirar a vida de uma pessoa nem sempre é a solução mais indicada ou a opção mais coerente.

Mas a sociedade ainda acha o melhor método, que ela própria encontrou, aplicar a vingança ou fazer justiça pelas próprias mãos, porém isso só nos iguala aos marginais, pois estaremos praticando um crime também, resumindo, adotar esta forma de " justiça " tende acabar sempre gerando mais injustiças.

As pessoas as vezes nem sabem se é verídica a história que disseram ( e vimos isso no CQC ainda nesta semana através de simulações ) e logo vão batendo e agredindo, chutando e pisando, e há até quem já puxe de uma arma de fogo sem ao menos pensar nas consequências, batem, agridem mesmo e sem dó nem piedade, se acham no direito de espancar e de matar levados pela dita violenta emoção, e isso é um tanto delicado, essa raiva que vem rapidamente e que nem mede se é verdade ou invenção, e que os praticantes no caso não teriam mesmo o direito de fazer isso.

Aliás, vale salientar que é demasiado fácil agir quando o outro lado está preso a um poste, amarrado no chão ou que o agressor esteja acompanhado de mais uma ou duas ( ou dez ) dezenas de outros agressores, fico pensando em um " corpo a corpo " como seria...

Mas, eu sei, e a maioria de nós sabemos que dá sim " vontade de matar ", que dá vontade de " esmagar " ou até de " eletrocutar a velas " um filho da puta que estupra, que mata ou que rouba, que trafica acabando com famílias inteiras ou que comete qualquer tipo de ato que consideramos repudiante, ou repugnante, já que a lei por muitas vezes é omissa e branda e algumas vezes ainda acaba deixando impune, mas, não havemos de ser nós que vamos ser " assassinos competentes " diante de leis ou de uma justiça que se faz de incompetente.

Temos mais é que nos mantermos vigilantes, tomar cuidado e principalmente ou antes de tudo usar o bom senso, tentar controlar ao máximo a dita violenta emoção, e não contribuir para não sermos mais uma vítima da sociedade, tampouco contribuir com barbáries e tiranias, aliás, infelizmente todos nós somos vítimas de um sistema hipócrita.

Enfim, nós não precismos nos tornar criminosos pelo fato do sistema ser falho, o criminoso deve ( e vai ) pagar pelo que fez, cedo ou tarde ele vai pagar, aqui ou lá..., mas, o que mais vale para nós ainda é a PAZ de uma CONSCIÊNCIA TRANQUILA...!

Segue anexo uma pesquisa onde selecionei algumas das leis do Código de Leis de Hamurabi ( Leis de Talião ) que achei interessantes, para que diante delas quem sabe possamos refletir melhor e rever alguns conceitos, segue:

- Se alguém acusa um outro, lhe imputa um sortilégio, mas não pode dar a prova disso, aquele que acusou deverá ser morto.
- Se alguém em um processo se apresenta como testemunha de acusação e, não prova o que disse, se o processo importa perda de vida, ele deverá ser morto.
- Se alguém furta bens do Deus ou da Corte deverá ser morto; e mais quem recebeu dele a coisa furtada também deverá ser morto.
- Se alguém rouba o filho impúbere de outro, ele é morto.
- Se alguém apreende em campo aberto um escravo ou uma escrava fugidos e os reconduz ao dono, o dono do escravo deverá dar-lhe dois siclos.
- Se ele retém esse escravo em sua casa e em seguida se descobre o escravo com ele, deverá ser morto.
- Se o escravo foge àquele que o apreendeu, este deve jurar em nome de Deus ao dono do escravo e ir livre.
- Se alguém faz um buraco em uma casa, deverá diante daquele buraco ser morto e sepultado.
- Se alguém comete roubo e é preso, ele é morto.
- Se um oficial superior foge ao serviço e coloca um mercenário em seu lugar no serviço do rei e ele parte, aquele oficial deverá ser morto.
- O campo, o horto e a casa de um oficial, gregário ou vassalo não podem ser vendidos.
- Se alguém tomou um campo para cultivar e no campo não fez crescer trigo, ele deverá ser convencido que fez trabalhos no campo e deverá fornecer ao proprietário do campo quanto trigo exista no do vizinho.
- Se ele não cultiva o campo e o deixa em abandono, deverá dar ao proprietário do campo quanto trigo haja no campo vizinho e deverá cavar e destorroar o campo, que ele deixou ficar inculto e restituí-lo ao proprietário.
- Se alguém abre o seu reservatório d’água para irrigar, mas é negligente e a água inunda o campo de seu vizinho, ele deverá restituir o trigo conforme o produzido pelo vizinho.
- Se uma taberneira não aceita trigo por preço das bebidas a peso, mas toma dinheiro e o preço da bebida é menor do que o do trigo, deverá ser convencida disto e lançada nágua.
- Se uma irmã de Deus, que não habita com as crianças ( mulher consagrada que não se pode casar ) abre uma taberna ou entra em uma taberna para beber, esta mulher deverá ser queimada.
- Se na casa de uma taberneira se reúnem conjurados e esses conjurados não são detidos e levados à Corte, a taberneira deverá ser morta.
- Se alguém está em viagem e confia a um outro prata, ouro, pedras preciosas ou outros bens móveis e os faz transportar por ele e este não conduz ao lugar do destino tudo que deve transportar, mas se apropria deles, dever-se-á convencer esse homem que ele não entregou o que devia transportar e ele deverá dar ao proprietário da expedição cinco vezes o que recebeu.
- Se alguém difama uma mulher consagrada ou a mulher de um homem livre e não pode provar se deverá arrastar esse homem perante o juiz e tosquiar-lhe a fronte.
- Se alguém toma uma mulher, mas não conclui um contrato com ela, esta mulher não é esposa.
- Se a esposa de alguém é encontrada em contato sexual com um outro, se deverá amarrá-los e lança-los nágua, salvo se o marido perdoar à sua mulher e o rei a seu escravo.
- Se a mulher de um homem livre é acusada pelo próprio marido, mas não surpreendida em contato com outro, ela deverá jurar em nome de Deus e voltar à sua casa.
- Se contra a mulher de um homem livre é proferida difamação por causa de um outro homem, mas não é ela encontrada em contato com outro, ela deverá saltar no rio por seu marido.
- Se alguém abandona a pátria e foge e depois a mulher vai a outra casa, se aquele regressa e quer retomar a mulher, porque ele se separou da pátria e fugiu, a mulher do fugitivo não deverá voltar ao marido.
- Se um filho espanca seu pai se lhe deverão decepar as mãos.
- Se alguém bate um outro em rixa e lhe faz uma ferida, ele deverá jurar : “ eu não o bati de propósito ”, e pagar o médico.
- Se ele arranca o olho de um liberto, deverá pagar uma mina.
- Se ele arranca um olho de um escravo alheio, ou quebra um osso ao escravo alheio, deverá pagar a metade de seu preço.
- Se um médico restabelece o osso quebrado de alguém ou as partes moles doentes, o doente deverá dar ao médico cinco siclos.
- Se é um liberto, deverá dar três siclos.
- Se é um escravo, o dono deverá dar ao médico dois siclos.
- Se um arquiteto constrói para alguém e não o faz solidamente e a casa que ele construiu cai e fere de morte o proprietário, esse arquiteto deverá ser morto.
- Se fere de morte o filho do proprietário, deverá ser morto o filho do arquiteto.

E nas seguintes pode-se perceber claramente a lei de talião:

- Se alguém arranca o olho a um outro, se lhe deverá arrancar o olho.
- Se ele quebra o osso a um outro, se lhe deverá quebrar o osso.
- Se alguém parte os dentes de um outro, de igual condição, deverá ter partidos os seus dentes.
- Se alguém espanca um outro mais elevado que ele, deverá ser espancado em público sessenta vezes, com o chicote de couro de boi.
- Se o escravo de um homem livre espanca um homem livre, se lhe deverá cortar a orelha.
- Se alguém bate numa mulher livre e a faz abortar, deverá pagar dez siclos pelo feto.
- Se essa mulher morre, se deverá matar o filho dele.

As leis apresentavam punições para o não cumprimento das regras estabelecidas em várias áreas como, por exemplo, relações familiares, comércio, construção civil, agricultura, pecuária, etc. As punições ocorriam de acordo com a posição que a pessoa criminosa ocupava na hierarquia social. Ou seja, apesar de parecer, mas não era igual para todos não.
Para cada ato fora da lei haveria uma punição, que acreditavam ser proporcional ao crime cometido. A pena de morte é a punição mais comum nas leis do código. Não havia a possibilidade de desculpas ou de desconhecimento das leis. Mas ainda assim havia algumas exceções.~

Citação:

" Esta " guerra de todos contra todos ” decorre da condição do nosso “ Estado Democrático de Direito ” que se encontra subnutrido, anêmico, amoral e astênico que “ sobrevive ” vergonhosamente escondido nos porões do “ poder ”, isto em razão do uso desumano, irracional, político e eleitoral da esmola estatal denominada bolsa família. O pacto social foi rompido de forma irresponsável pelos que detém o poder, os cidadãos vivem escondidos e medrosos enquanto os delinquentes atuam de forma livre e muitas vezes incentivados pelo nosso “ Estado politiqueiro ”.". - Marcelo Feliz Artilheiro.

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