segunda-feira, 25 de novembro de 2019

COMENTÁRIO,

Registre " chocado ".
Nasci e fui criado dentro de um escritório de advocacia, em meio a problemas de toda sorte, com 8 anos de idade já cuidava do escritório do meu pai sozinho quando ele viajava duas vezes por semana para atender os outros escritórios.
Considero, ou me considero que com 8 anos era um exímio atendente, desde o telefone até os clientes que chegavam e eu pedia para que retornassem quando a agenda do meu pai estivesse disponível.
Convivi bastante com ele dentro de presídios e até de " cadeião " como era aqui antigamente, tinha até a " cela 13 " que alguns " azarados " pagavam lá todos os seus pecados, ou quase todos.
No tribunal do juri acompanhei ele desde os 12 anos na condição de " expectador " e depois de jovem e adulto na condição de " admirador ", lá vi ele defender criminosos de todo tipo, ele não gostava da acusação, segundo ele próprio ele nasceu para atuar na defesa, o que fazia com amor e maestria, por acreditar que " todo ser humano é passivo de erro e tem direito a defesa ", e eu sempre concordei com ele, um sábio.
Então, cresci sendo meio adulto desde cedo ( até acho que por isso sou meio criança até hoje ) vendo e convivendo com " certas situações ", algumas até bizarras mas que nunca me chocaram de nenhuma forma, pelo menos não que eu ou alguém daqui de casa percebesse. Já vi cada uma em tribunal de júri que até hoje tenho saudade da emoção e da tensão do momento.
Mas, onde quero chegar? Explico.
Convivendo desde meus 8 anos e até hoje dentro de ambientes considerados " pesados " e nem tão confortáveis assim, afinal, o nosso sustento de uma vida toda veio ou vem de lá, confesso, já vi de tudo, de tudo mesmo, ou achava que já tinha visto, mas juro, nunca fiquei tão chocado como estou de ontem para cá depois de ter tomado conhecimento através da mídia sobre este caso que ocorreu recentemente aqui em nossa cidade, caso este denominado de " Viúva Negra ".

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