sexta-feira, 26 de outubro de 2018

" A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE...!.".


" A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE...!.".


( ponto de vista / registro ),

Hoje um amigo postou em minha linha do tempo um vídeo que está circulando na rede, trata-se de um vídeo de músicas dos anos 90, curti, mas por falta de tempo à tarde não pude assisti-lo, logo, assisti agora à noite através do Facebook da minha esposa, quando recebi o vídeo tinha mais ou menos 400.000 visualizações e agora já passou de 1 milhão, ou seja, a nostalgia é encantadora e não é só em mim que ele tem esse efeito.

Tal vídeo te remete ao passado, te faz viajar no tempo, desde as músicas da época até as boates, e dai, conversando com alguém da mesma época ( minha esposa ) você já emenda com estabelecimentos comerciais de antigamente ( Frutaria Fauth, o baurú do Bar do Édimo ( na avenida ), o dormitório Filipon, supermercado Biasi e Myatã, dentre centenas de outros ( que hora dessas voltarei ao assunto ) e etc.

Fui para o banho com as músicas na cabeça, música é isso, é viagem, é reviver o passado mesmo em plena época que costumam dizer que " quem vive de passado é museu ", equivocam-se, ou nunca tiveram um passado, ou ainda nunca viveram um tempo bom de verdade. É, dá até pena da juventude de hoje ( principalmente no que diz respeito á músicas ), sim, pense só como será a história do passado desses aí...

Então, lá no banho, hoje excepcionalmente não fiz a minha oração da hora do banho, e viajei embaixo da água por lá, pelo passado, mais especificamente nos carros de antigamente e em cada momento vivido junto de cada um deles. Todos tiveram uma história, ou mil delas, mas sempre tem aquele um especial...

Lembrei lá no banho da época em que a VW lançava o cobiçadíssimo Santana, enquanto a Fiat lançava o comum ( até hoje ) Uno, mas que para época era o que havia.

Passei pelos carros que faziam a gente sonhar na época, sim, esses eram sonhos para muitos e realidade para alguns, para a grande minoria, exemplos são o Corsa Gsi ( teve um único na cidade e que foi vendido para Fraiburgo pois ninguém tinha para pagar o preço ), ou o Kadett GSI, ou ainda o Gol GTS, ou logo mais adiante um pouco, o Gol GTI, bah, quanto eu sonhei com um desses.

Logo já estava ( ainda lá no banho ) revivendo alguns dos carros que tive em casa, geralmente novos porque nunca adaptamos em nossa garagem carros de " segunda mão ", nunca eram bem cuidados, e alguns deles: Fusca, Brasília, Galaxie, Passat, Voyage, Gol, Chevette, ( motos algumas delas ), Monza, Corsa, Ka, Strada, Montana, Focus, Fusion e etc.

E foi exatamente aí que me peguei viajando pelos asfaltos do passado, mais precisamente percorrendo o caminho Caçador/Fraiburgo ( Kengos Danceteria e todo final de semana durante alguns anos) com meu primeiro carro zero quilômetro, que até esqueci de citar aí em cima, era ele um inigualável e até hoje inimitável, CHEVETTE JÚNIOR.

Bah, que saudade que eu senti, nem só do tempo vivido e das histórias, mas do prazer que eu sentia em dirigir aquele carro ( sim, hoje dirijo por obrigação e não mais por prazer... ) e cheguei à seguinte conclusão, eu sou um " fusqueiro " de teimoso, por herança quem sabe, mas de coração eu sou mesmo um " chevetteiro ", só pode estar no sangue mesmo, ser coisa de DNA se regular pelo tanto que essas lembranças de hoje mexeram ( e positivamente ) comigo.

O tempo passou, o banho já estava no fim, quando comecei a comparar o meu Chevette com os tecnológicos de hoje em dia que de tantos e tantas marcas que existem já é quase impossível saber o nome de todos eles.

Mas, o mais interessante de tudo isso é que, se eu pudesse voltar no tempo, e agora um pouco mais " seguro financeiramente ", porém, apaixonado por carros como sempre ( sou homem e brasileiro ) e pudesse escolher entre todos esses que existem por aí no mercado, tudo o que eu queria de verdade e sem um pingo de demagogia era poder ter de volta o meu Chevette Júnior. Ah, é claro que se ele voltasse acompanhado com todas as " paradas " ( histórias ) da vida, mesmo assim eu não abriria mão dele, do meu Júnior, e por carro nenhum nessa vida, o prazer e os momentos foram simplesmente desiguais.

E ao desligar o chuveiro pensei no que restou daquela época: As lembranças de um tempo que não volta mais, o meu casamento ( bah, 27 anos ) e a lembrança do carro da minha vida e que também não voltará nunca mais.

Então, que saudade as músicas daquele vídeo da tarde e que só vi à noite me trouxeram á tona hoje, que saudade legal, saudade das boas.

E certo mesmo é quem diz que " a primeira vez a gente nunca esquece " ( e a minha foi dentro de um Chevette 86 ), e não esquece mesmo, assim como o primeiro carro a gente ( homem ) nunca esquece, porque do meu Chevette e de tudo que vivi com ele, literalmente, eu nunca esqueci e acho que nunca vou esquecer... e, já que o tempo, os momentos, as músicas, os lugares e nem o meu Chevette não voltam mais, que fique então o registro da lembrança de um passado, que de " A a Z ", VALEU A PENA TER VIVIDO.

Ah, se o passado dos meus filhos vai ser assim? Bem, aí vai depender de um registro deles, quem sabe em suas próprias linhas do tempo, daqui algumas décadas...!

... valeu a pena ê ê, valeu a pena ê ê , sou pescador de ilusões...

" E DE REPENTE NOS VEMOS MERGULHADOS EM LEMBRANÇAS QUE NOS ESPETAM E NOS CONVIDAM PARA REVIVÊ-LAS.". - Autor desconhecido.

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