sábado, 27 de outubro de 2018

UM POUCO DA HISTÓRIA DE UM IMORTAL...!


UM POUCO DA HISTÓRIA DE UM IMORTAL...!


( ponto de vista / pesquisa / assunto sugerido ),

O Chevrolet Chevette foi um carro da General Motors lançado no Brasil em 1973, tendo como número do projeto " 909 ", sendo batizado pela GM como projeto do desenvolvimento de seu primeiro veículo de passageiros de pequeno porte.

A ideia surgiu ainda em 1962 e ganhou força com a pesquisa de mercado realizada em 1965, que detectou a existência de dois segmentos viáveis no mercado brasileiro: Os automóveis de médio-pequeno e médio-grande portes.

Em 1970 a decisão é tomada e 1.600 homens são designados para dedicar-se exclusivamente ao Projeto 909, surgindo os modelos sedã de duas portas.

Pouco tempo depois lança-se uma nova versão, o Chevette quatro portas, uma versão feita para exportação nos anos de 1977 a 1981 e 1987, da qual poucos exemplares foram vendidos no mercado interno.

As versões:

- Chevette sedan 4 portas ( versão para exportação ),
- O Chevette também teve a versão hatchback que foi fabricado de 1980 a 1987.
- Chevette hatchback.
- Obteve-se também a versão station wagon, esta chamada de Marajó, ambas com duas portas.

Em 1983 foi feita um verdadeira reforma no design, pois além da frente e traseira redesenhadas, trazia câmbio de cinco marchas e motor 1.6 para toda linha, com carburação simples ou dupla (´´S´´) por litro, e motores a gasolina e álcool. Foi equipado com motores de 1,0 o Chevette Júnior ( 1993 ) e 1,4 para exportação.

A última unidade do Chevette no Brasil saiu da fábrica em 12 de Novembro de 1993, já como modelo 1994. Entretanto, é comum encontrá-los rodando pelas ruas, uma vez que foi um modelo que alcançou um expressivo número de vendas ( cerca de 1,6 milhões de unidades ) e demonstrou ser bastante robusto, arrebatando uma legião de fãs. O Corsa de segunda geração tornou-se seu sucessor no Brasil, repetindo o mesmo sucesso.

O Chevette nasceu e cresceu na estrada. Desde a produção dos quatros primeiros protótipos da frota de teste até o lançamento, esses veículos percorreram cerca de 1.400 km por dia, atingindo um total de 750.000 km.

O Lançamento do Chevette:

O avanço tecnológico e o consumo marcaram os anos 70 no Brasil. Foi nesse clima de efervescência industrial que a GMB realizou seu segundo grande lançamento: O primeiro carro pequeno da família Chevrolet, com motor de 1.400 cm3 e 68 HP de potência bruta a 5.800 rpm, especialmente desenvolvido para esse modelo.

Apresentado oficialmente à imprensa no dia 24 de Abril, o Chevette se consagrou por alguns itens que obtiveram a unanimidade dos jornalistas especializados que o tiveram nas mãos para testá-los, na época, com as pistas do CPCA em início de construção, os testes eram realizados nas pistas internas da Fábrica de São José dos Campos, design internacional, conforto interno, dirigibilidade, manobrabilidade, estabilidade e acima de tudo, segurança. Acompanhe abaixo uma das primeiras reportagens apresentando o Chevette ao público brasileiro:

" À frente de seu tempo, o Chevette incorporava itens de segurança como sistema de direção não-penetrante e pisca-alerta superiores aos exigidos pelo Contran em sua resolução mais recente. Outro item de destaque: O sistema hidráulico de freio com duplo circuito, independente nas rodas da frente e nas de trás.

No dia seguinte ao lançamento, Joelmir Betting escrevia em sua coluna da Folha de São Paulo: “ O Chevette leva a chancela da GM e a GM não brinca em serviço. Um investimento superior a US$ 100 milhões permitiu à GMB não apenas desenvolver o novo carro, mas dotar a fábrica de condições para dar resposta imediata a qualquer tipo de solicitação do mercado. A verdade é que o Chevette constitui um novo divisor de águas dentro do mercado brasileiro de carros novos. Simplesmente porque toca fogo no grande paiol da concorrência, a do primeiro degrau da escalada do brasileiro na direção do carro próprio: A faixa do mais barato, a do primeiro carro do indivíduo e, já agora, a do segundo carro da família ”.

O último Chevette percorreu os 2.183 metros da linha de produção de São José dos Campos no dia 12 de Novembro de 1993. Da funilaria à linha final, cada encaixe, cada aperto, cada teste teve um agradável sabor de despedida, de missão cumprida. Sai de cena um produto vitorioso, que manteve sua participação no mercado sempre em evidência , 73 mil veículos vendidos por ano na média do primeiro decênio, e que encerra sua produção com o mesmo volume do ano do lançamento, mais de 30.000 unidades. No porta-malas da última unidade, uma bagagem de confiança: Atrás de si já aponta outro vencedor.".

Unidades ( Chevette ) comercializadas por ano de fabricação:

1973 = 31.324 unidades
1974 = 74.963 unidades
1975 = 62.519 unidades
1976 = 70.733 unidades
1977 = 65.964 unidades
1978 = 86.384 unidades
1979 = 90.084 unidades
1980 = 94.816 unidades
1981 = 69.941 unidades
1982 = 75.163 unidades
1983 = 85.984 unidades
1984 = 57.876 unidades
1985 = 61.526 unidades
1986 = 67.182 unidades
1987 = 45.727 unidades
1988 = 56.301 unidades
1989 = 40.701 unidades
1990 = 26.786 unidades
1991 = 20.554 unidades
1992 = 29.629 unidades
1993 = 31.865 unidades

Ano mais vendido foi em 1980 com 94.816 unidades vendidas.

Foram produzidos mais de 1,2 milhão de unidades do Chevette entre os 1973 à 1993.

Algumas curiosidades:

Na Alemanha, o Kadett C foi o automóvel Opel mais vendido na Europa; nos Estados Unidos, os Chevette / Acadian também venderam razoavelmente...No Brasil, o Chevette ultrapassou a marca de 1 milhão e 200 mil veículos vendidos ( 1.214.698 ) em vinte anos de produção. Ainda hoje vemos muitos deles rodando pelas ruas, o que prova a sua resistência, característica que o Chevette ganhou devido ao fino trato que a GMB dispensava em sua produção.

Apesar de ter atingido seu pico de vendas em 1980 ( 94.816 unidades comercializadas ), o Chevette foi campeão de vendas em 1983, batendo, inclusive, o campeoníssimo Fusca, da Volkswagen. De 1987 em diante sua " saúde " já estava prejudicada devido a projetos mais modernos existentes no mercado, tal qual Fiat Uno, Ford Escort e Volkswagen Gol ( que recém recebera mecânica refrigerada a água ). O " canto do cisne " do Chevette foi bem no final de sua carreira devido aos incentivos fiscais que receberam o Chevette Junior, de motor com 1.000 cm³, e o Chevette L, modelo básico ( espartano até ) de motor com 1.600 cm³.

Vale lembrar que milhares de Chevette's foram exportados para Argentina, Colômbia, Equador, Venezuela, e outros vizinhos sul-americanos.

É valido lembrar, também, que o Chevette ganhou, por duas vezes, o título de “ Carro do Ano ” da revista Auto-Esporte ( tido como o mais importante do país ), sendo um em 1974, por ocasião de seu lançamento, e outro em 1981, por ocasião do lançamento do Chevette Hatch S/R.

Foi no Brasil que, pela primeira vez, se usou o nome Chevette, já que o inglês Vauxhall Chevette foi lançado somente em 1975 e o Chevette norte-americano só em 1976, enquanto que o brasileiro data de 1973. Vale lembrar que, também, o Chevette brasileiro foi o primeiro T-Car produzido em escala comercial no mundo.

No Brasil, a série esportiva GP ( Grand Prix ) assim foi batizada em comemoração ao primeiro Grande Prêmio de Fórmula 1, que se realizou no país, em 1975. Há histórias afirmando que a GM do Brasil ofereceu um Chevette GP para cada um dos pilotos da competição utilizar durante sua estadia no país ( e histórias de que os pilotos “ destruíram ” todos esses Chevette, depois de tanto “ brincarem ” com eles ).

Nos Estados Unidos e Canadá, o T-Car ostentou nada menos que quatro marcas de fabricantes e não menos que cinco nomes diferentes. Vamos a eles: Buick Opel ( importados da Alemanha e do Japão ); Chevrolet Chevette; Pontiac Acadian; Pontiac 1000 ( os três fabricados nos Estados unidos ) e Isuzu Impulse ( importado do Japão ).

Alguns exemplares do Kadett B, importados pela General Motors do Brasil, como “ mulas ” de teste, para a pré-série do 909 ( Chevette ), hoje são peças de colecionador. O mesmo ocorreu com alguns Opel Rekord, importados com o mesmo intuito, só que estes eram “ mulas ” do Opala.

Também teve uma picape, a Chevy 500 ( de 1983 a 1995 ). Foi equipado com motores de 1,0 litro ( só o Júnior ), 1,4 e 1,6 ( carburação simples ) e 1,6/S ( carburação dupla, em 1988, um ano após sua última reestilização ), a gasolina e a álcool, alem do Isuzu 1.8 a diesel, nos EUA.

O Chevette brasileiro foi um dos poucos carros que, em seu lançamento, não “ herdou ” a mecânica de nenhum outro automóvel e, chegou até os seus vinte anos de existência mantendo a mesma base mecânica e de carroceria. Nesse aspecto, houve somente dois carros como ele no Brasil: Chevrolet Opala e Volkswagen Fusca.

Então, o Chevette era um carro popular, que chamava muita atenção, e ainda encontramos muitos apaixonados por Chevettes " desfilando " ( sim, Chevette não anda, desfila ) por aí, e que geralmente são vistos em encontros, alguns personalizam seus Cheveette's e em hipótese alguma o trocariam por outro carro.

Um " SALVE " para todos os " chevetteiros " como eu, ( um Chevette Junior foi o meu primeiro carro zero quilômetro, certamente o que mais deixou saudade de todos os que passaram...), àqueles " loucos " por chevette's, que, com certeza consideram-se e são muito felizes por terem conseguido salvar um exemplar desses em sua garagem e ainda rodando por aí...!

Elegemos alguns links acerca do assunto para ilustrar nossa homenagem a este imortal:

1 - Anuncio antigo do Chevette,
https://www.youtube.com/watch?v=hHnLpVTKo3U

2 - PROPAGANDA COMERCIAL GM CHEVROLET CHEVETTE,
https://www.youtube.com/watch?v=XNoeEveSCPs

3 - PROPAGANDA COMERCIAL GM CHEVROLET CHEVETTE JUNIOR,
https://www.youtube.com/watch?v=j8kt1g11TTU

4 - O piloto Carlos Cunha testa o Chevete,
https://www.youtube.com/watch?v=2nsAQdocKqM

5 - Chevettes DL 1991 e 1993,
https://www.youtube.com/watch?v=YFdMm8mCDUA

" RUÍDOS DE CARROS, OS ESCUTO PELA MESMA ORELHA QUE OS PÁSSAROS.". - Robert Melançon.

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