sexta-feira, 24 de abril de 2020

O CHIMARRÃO, DA ORIGEM À CUIA...!.

O CHIMARRÃO, DA ORIGEM À CUIA...!.

( P.V / P / R / A.S / 198-2017 ),

Bem, o " dia do chimarrão " deveria ser comemorado todos os dias, e sem pular nenhum, enquanto isso não acontece, " boralá ", encher mais uma cuia e dar seguimento aos trabalhos...

No dia 24 de Abril ( ontem... ), comemora-se o dia do chimarrão, e nós vamos falar um pouquinho sobre ele...

O chimarrão ou mate, é uma bebida característica da cultura do sul da América do Sul legada pelas culturas indígenas caingangue, guarani, aimará e quíchua.

É composto por uma cuia, uma bomba, erva-mate moída e água a aproximadamente 80 Grau Celsius. O termo mate ( oriundo do quíchua mati ) como sinônimo de chimarrão é mais utilizado nos países de língua castelhana. O termo " chimarrão " é o mais adotado no Brasil, sendo um termo oriundo da palavra castelhana rioplatense cimarrón. O termo " chimarrão " pode, ainda, designar qualquer bebida ( café, chá etc. ) preparada sem açúcar; o gado domesticado que retornou ao estado de vida selvagem; e o cão sem dono, bravio, que se alimenta de animais que caça.

Os primeiros povos de que se tem conhecimento de terem feito uso da erva-mate são os índios guaranis, que habitavam a região definida pelas bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai na época da chegada dos colonizadores espanhóis; e os índios caingangues, que habitavam o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Misiones.

Da metade do século XVI até 1632, a extração de erva-mate era a atividade econômica mais importante da Província Del Guayrá, território que abrangia praticamente o Paraná, e no qual foram fundadas três cidades espanholas e quinze reduções jesuíticas.

O chimarrão chegou a ser proibido no sul do Brasil durante o século XVI, sendo considerado " erva do diabo " pelos padres jesuítas das reduções do Guairá. À partir do século XVII, no entanto, os mesmos mudaram sua atitude para com a bebida e passaram a incentivar seu uso com o objetivo de afastar a população local do consumo de bebidas alcoólicas.

O chimarrão é montado com erva-mate moída, adicionada de água quente ( sem ferver, aproximadamente 80°C ). Tem sabor amargo, dependendo da qualidade da erva-mate. A erva pronta para o uso consiste em folhas e ramos finos de Ilex paraguariensis ( menos de 1,5 milímetros ), secos e triturados, passados em peneira grossa, de cor que varia do verde ao amarelo-palha, havendo uma grande variedade de tipos, uns mais finos, outros mais encorpados, vendidos a diversos preços. O predomínio de folhas ou talos em sua composição, bem como sua granulometria, variam de região para região.

Um aparato fundamental para o chimarrão é a cuia, vasilha feita do fruto da cuieira ou do porongo, que pode ser simples ou mesmo ricamente lavrada e ornada em ouro, prata e outros metais, com a largura de uma boa caneca e a altura de um copo fundo, no formato de um seio de mulher ( no caso do porongo ) ou no de uma esfera ( no caso da cuieira ). Há quem tome chimarrão em outros recipientes, mas a prática é geralmente mal vista.

O outro talher indispensável é a bomba ou bombilha, um canudo de cerca de seis a nove milímetros de diâmetro, normalmente feito em prata lavrada e muitas vezes ornado com pedras preciosas, de cerca de 25 centímetros de comprimento, em cuja extremidade inferior há um pequeno filtro do tamanho de uma moeda e, na extremidade superior, um bocal, muitas vezes executado em folhas de ouro para evitar a oxidação de metais menos nobres.

Estudos detectaram, na bebida, a presença de muitas vitaminas, como as do complexo B, a vitamina C e a vitamina D, e de sais minerais, como cálcio, manganês e potássio. Combate os radicais livres. Auxilia na digestão e produz efeitos antirreumático, diurético, estimulante e laxante. Não é indicado para pessoas que sofrem de insônia e nervosismo, pois é estimulante natural. Contém saponina, que é um dos componentes da testosterona, razão pela qual melhora a libido.

Análises e estudos sobre a erva-mate têm revelado uma composição que identifica diversas propriedades benéficas ao ser humano, pois estão contidos, nas folhas da erva-mate, alcaloides ( cafeína, teofilina, teobromina etc. ), ácidos fólicos e cafeico ( taninos ), vitaminas ( A, B1, B2, C, e E ), sais minerais ( alumínio, ferro, fósforo, cálcio, magnésio, manganês e potássio ), proteínas ( aminoácidos essenciais ), glicídeos ( frutose, glucose, sacarose etc. ), lipídios ( óleos essenciais e substâncias ceráceas ), além de celulose, dextrina, sacarina e gomas.

O consumo da erva-mate está relacionado também ao poder que ela tem de estimular a atividade física e mental, atuando beneficamente sobre os nervos e músculos, combatendo a fadiga, proporcionando a sensação de saciedade, sem provocar efeitos colaterais como insônia e irritabilidade ( apenas pessoas sensíveis aos estimulantes contidos na erva-mate podem sofrer algum efeito colateral ). A erva também atua sobre a circulação, acelerando o ritmo cardíaco e harmonizando o funcionamento bulbo medular. Age sobre o tubo digestivo, facilitando a digestão sendo diurética e laxativa. É considerada ainda um ótimo remédio para a pele e reguladora das funções cardíacas e respiratórias, além de exercer importante papel na regeneração celular.

Assim, os pesquisadores concluíram que o mate contém praticamente todas as vitaminas necessárias para sustentar a vida, e que a erva-mate é uma planta indiscutivelmente especial, já que é muito difícil encontrar em qualquer lugar do mundo outra planta que se iguale ao seu valor nutricional.

No entanto, existem pesquisas que investigam a ligação entre a ingestão de chimarrão em alta temperatura e o câncer de esôfago.

CURIOSIDADES ACERCA DA ERVA MATE ( ou do chimarrão ):

- Usa-se uma cuia e uma bomba;
- É digestiva;
- É um moderado diurético;
- Estimulante das atividades físicas e mentais;
- Auxiliar na regeneração celular;
- Elimina a fadiga;
- Contém vitaminas A, B1, B2, C e E;
- É rica em sais minerais como cálcio, ferro, fósforo, potássio e manganês;
- É um estimulante natural que não tem contraindicações.
- É vasodilatador: atua sobre a circulação, acelerando o ritmo cardíaco;
- Auxiliar no combate ao colesterol ruim ( LDL ), graças a sua ação antioxidante;
- Por ser estimulante, possui, também, poderes afrodisíacos, graças à vitamina E presente na erva-mate;
- É rica em flavonoides ( antioxidantes vegetais ) que protegem as células e previnem o envelhecimento precoce, tendo um efeito mais duradouro pela forma especial como se toma o mate
Segundo o médico pesquisador Oly Schwingel, é indicado o uso do chimarrão de duas a três vezes ao dia;
- Previne a osteoporose, fortalecendo a estrutura óssea graças ao cálcio e às vitaminas contidas na erva-mate;
- Contribui na estabilidade dos sintomas da gota ( excesso de ácido úrico no organismo );
- É rico em fibras que contribuem para o bom funcionamento do intestino;
- Auxiliar em dietas de emagrecimento;
- Atua beneficamente sobre os nervos e músculos;
- Regulador das funções cardíacas e respiratórias;
- Segundo o Instituto Pasteur da França e a Sociedade Científica de Paris, a erva-mate possui praticamente todas as vitaminas essenciais à manutenção da vida humana.

O chimarrão tradicionalmente é uma " bebida coletiva ", hábito derivado da tradição indígena de compartilhar a bebida em rituais comunitários. Porém é comum alguns aficionados o tomarem durante todo o dia, mesmo a sós. Embora seja cotidiano o seu consumo doméstico, principalmente quando a família se reúne, é quase obrigatório quando chegam visitas ou hóspedes. O chimarrão é símbolo da hospitalidade sulista: Quem chega como visita em uma casa dessa região, é logo recebido com uma cuia de chimarrão. Então assume-se um ar mais cerimonial e ritualístico, embora sem os rigores de cerimônias como a do chá japonês.

DICA:

A água não pode estar em estado fervente, pois isso queima a erva e modifica seu gosto. Deve apenas esquentar o suficiente para " chiar " na chaleira. Enquanto a água esquenta, o dono ( ou dona ) da casa prepara o chimarrão na cuia.

E, nós particularmente, somos literalmente " viciados " no tal do chimarrão, eu Lu, herdei do meu pai que era daqueles que já acordava com a cuia na mão... já o Javel adquiriu o gosto ( ou o " vício "... ) recentemente, e detalhe, pelo que temos notado através de suas fotos de Instagram postadas diariamente no Facebook, pelo jeito já não larga mais, está " viciado " no tal do chimarrão também, o que diga-se de passagem, é um " vício bom " e que faz bem à nossa saúde, e conforme a pesquisa acima, à nossa saúde como um todo.

Sim, o chimarrão além de fazer bem ao corpo, faz bem também à alma, até porque, sempre que você estiver com a cuia na mão, tende a conversar e se agrupar com mais pessoas ( diferentes inclusive... ), e aí, tomar mais uma cuia, e mais uma, e mais uma, e outra...

Enfim, fica o registro da data e a dica para quem nunca experimentou e não sabia até então que: " O doce desse amargo me ( nos... ) faz bem..."...!.

" ME DÊ UM CHIMARRÃO DE ERVA BOA, QUE O DOCE DESSE AMARGO ME FAZ BEM...!.".

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