terça-feira, 14 de abril de 2020

RE( VI )VENDO ENTES QUERIDOS.

RE( VI )VENDO ENTES QUERIDOS.

( relato interestelar ),

Bem, não é de hoje que contei para esta rede que não sonho mais com meu pai, até sonho, mas não ouço mais a sua voz nos sonhos como era antes quando eu absorvia cada palavra sua. Meu último sonho com ele registrei há tempos atrás: Em seu escritório ele me olhava saudoso, emocionado e preocupado e enquanto tentava dizer palavras, minha mãe com um simples e penetrante olhar para ele disse ( através do olhar ): " Deixe um pouco eles, eles já poderão se virar sozinhos ", com se estivesse " intimando " meu pai a descansar de uma vez e de fato de hora em diante, em resumo, eu nunca mais ouvi em sonhos as suas vozes. Ao assunto...

Noite perfeita de sono essa que se passou mesmo com apenas 4 horas dormidas, noite de bons sonhos e boas recordações ( quem sabe por causa da sensação de dever cumprido via tribuna que levei para a cama ).

6:30 da manhã ( enquanto digitava exatamente aqui a luz se apagou por duas vezes e meu texto se perdeu, coincidência óbvia, mas vou ter que seguir a mão para tentar não perder o raciocínio ), em frente com meu sonho...

Estava eu no escritório do meu pai, como era quando ele ainda estava aqui, estávamos conversando por olhares, eu até falo mas ele só responde com olhares, foi então que resolvi dar uma caminhada até a esquina como sempre fazia enquanto trabalhávamos juntos, e nessa minha saída eis que encontro entrando no prédio onde ele morava, o Seu Valmor ( Lavanderia Maracanã ), mas não era bem ele, estava bem bonitão, um pouco mais encorpado eu diria e me olhou educadamente mas como se não me conhecesse disse " bom dia ", ao que eu respondi mas fiquei me perguntando " como pode ele estar ali se ele já foi embora deste plano? ", continuei indo em direção á esquina enquanto o senhor aquele entrava com um largo sorriso pela porta do prédio. Que dúvida...

Chego na esquina da Emílio Joaquim com Santa catarina e para surpresa ainda maior, quem vejo de verdade, o Seu Valmor ( agora ele de verdade, com o mesmo jeito e com a mesma simpatia de quando vivia ), alegre em revê-lo e curioso, perguntei: " - Seu Valmor, o que está acontecendo? Vi alguém idêntico ao senhor ali e agora o vejo aqui, mas me lembro muito bem que com tristeza me despedi do amigo há tempo atrás...". E ele me respondeu tal qual era em vida: " - Ôba Javel, aquele que você viu ali é um sobrinho meu de fora e não eu, eu estou aqui, ele só é parecido comigo, então a " Nena " ( sua esposa ) vai ficar muito feliz quando ver ele...", e seus olhos brilharam.

Nesse mesmo instante o senhor que eu achava ser o meu querido amigo á primeira vista, saí á porta e caminha em nossa direção parecendo mesmo só ver eu e mais ninguém e eis que meu querido amigo mais que depressa me diz: " - Fica bem, tenho que ir "., esboça um sorriso e simplesmente " evapora ".

E o senhor ( o suposto sobrinho ), no mesmo instante chega até a mim e pergunta: " - Bom dia amigo, onde posso abastecer meu carro com gasolina aditivada e e dar uma ducha? ", indico a ele o caminho de um posto na avenida, ele agradece e entra na garagem do prédio e lá enxergo a " Dona Nena " feliz, muito feliz, mais feliz que nunca, sentada em um banquinho fazendo suas unhas dos pés assim como é praxe eu vê-la fazendo semanalmente.

Enfim, isso era tudo a respeito do meu sonho ( que registro em minha linha do tempo ), até porque meu sonho foi interrompido nessa altura, logo, até pelo menos que o dia termine não saberei o significado dele, mas, já fiquei feliz e ganhei o dia por ter tido o prazer de ter visto ( nitidamente ) o meu amigo, e o que é melhor, saber que está muito bem e feliz.

Para concluir, como sempre, acordei e narrei meu sonho para a minha esposa, e ela bem disposta também, me disse: " - E eu sonhei com a vó " ( minha mãe ), e eu curioso, pedi que ela me narrasse seu sonho e ela brevemente ( muito mais brevemente que eu ) descreveu:

" Caminhávamos eu, você e o Jeday por perto da pracinha Concórdia e de repente olhei para frente e lá vinha ela, a vó, apontei ela para você e para o Jeday que sorriram emocionados e disse alto e ela ouviu: " - Olhe por onde que a ' véinha ' anda... ", aí a vó sorriu e nesse exato momento começou a chover, e corremos os três para debaixo de uma marquise ali próxima e eu ( minha esposa ) disse: " - Vó, vem aqui com nós aqui para não se molhar vó... "., e ela esboçou um sorriso tímido mas emocionado e simplesmente desapareceu...".

Tá, agora para concluir de fato, eu, diante do relato da minha esposa ganhei meu dia logo ás 7:00 da manhã e pela segunda vez. Ou você conhece sensação mais gostosa do que poder rever ou poder estar ao lado ( sempre, e mesmo não estando perto ) das pessoas que amamos de verdade ou que marcaram alguns momentos em nossas vidas??? Pois é, deixo a reflexão...!

" PRA QUEM TEM FÉ, PRA QUEM TEM FÉ, A VIDA NUNCA TEM FIM...". - O Rappa.

" SONHO QUE SE SONHA SÓ, É SÓ UM SONHO QUE SE SONHA SÓ, MAS SONHO QUE SE SONHA JUNTO É REALIDADE.". - Raul Seixas.

Observação: Dedico este texto com muito carinho á querida D. Nena, em quem darei um abraço e contarei meu sonho logo daqui a pouquinho...

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