sábado, 4 de abril de 2020

2014, qualquer semelhança é mera coincidência...!

2014, qualquer semelhança é mera coincidência...!

" O meu pai é um homem justo, ele é muito justo, é só você olhar como ele trata os " peão " que trabalha pra ele aqui na terra, ou então, nas outras fazendas que ele tem.
Ó, ele faz tudo direitinho, ela paga aposentadoria, fundo de garantia, ele trata um " peão " dele como se fosse um metalúrgico lá do ABC.
O Homem que trabalha na roça, o operário do campo, que " lida " com o gado, não tem dessas regalias não.
O homem que trabalha lá na " lida ", o dia inteiro, de sol a sol, plantando o " pão nosso de cada dia ", quando ele morre, ele não tem direito nenhum. Ele não tem nada para deixar para a mulher dele que ficou viúva e pros filhos também.
Parece que as Leis foram feitas só para quem vive na cidade, " ô loko ".
Sabe, o sujeito que trabalha lá no ABC aperando parafusos numa fábrica de automóveis, ele vale muito mais do que o homem que trabalha na roça, plantando o feijão e o arroz para alimentar aquele que aperta o parafuso. Eu acho isso uma injustiça!

Você sabe com quanto tempo um " político " se aposenta, ou então, quanto que ele ganha de aposentadoria?
Pois então, você pega todos os " homens " que trabalha pro meu pai aqui e em todas as fazendas dele e não dá quanto um " político " ganha de aposentadoria, sem esse " político " nunca ter trabalhado na vida dele.

Eu não sou isso que você disse, não sou " auto didata " não.
Mas eu sei ouvir, eu vejo...!.".

( Parte de diálogo extraído da novela Pantanal, exibida pela Rede Manchete em 1991...).

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