quarta-feira, 10 de agosto de 2016

O NOSSO ÚLTIMO " CHAPÉU "...!

O NOSSO ÚLTIMO " CHAPÉU "...!

( ponto de vista / pesquisa / assunto sugerido ),
" O chapéu panamá é um dos acessórios mais tradicionais no mundo da moda. Feito em palha, é usado tanto por homens quanto por mulheres.".
Equador, é lá o berço do chapéu Panamá...!
A elegância se constrói a golpes de facão. Carludovica palmata, planta comum no litoral do Equador fez a cabeça de homens ilustres.
Winston Churchill, primeiro ministro da Inglaterra, usava. Getúlio Vargas também. Com ele na cabeça, o pai da aviação, Santos Dumont, chegava nas nuvens. Um autêntico chapéu de palha também adornava o riso cínico de Al Capone.
E, ainda hoje, a palmeira viaja do campo até as pequenas cidades no lombo da montaria, para se transformar no elegante chapéu panamá.
O apogeu dos chapéus Panamá começou no início do século passado, quando ficaram conhecidos como Panama-Hats.
O nome veio de um grande mal entendido. Os operários que abriram o Canal do Panamá usavam chapéus feitos no Equador para se proteger do sol.
Os panamenhos gostaram do negócio e passaram a comprar chapéu para revender no mundo todo. Ganharam fama de bons artesãos na aba do chapéu de Montecristi. Mas o chapéu panamá, na verdade, teve origem no Equador. Ganhou esse nome porque os chapéus desse tipo eram embarcados para os Estados Unidos via Panamá.
Os panamás são tecidos com palha muito fina. A palha é colhida, remetida para centros de tecelagem como a cidade andina de Cuenca e transformada em chapéus pelos tecelões. O processo de fabricação requer uma longa série de passos.
Famílias inteiras trabalham no preparo da fibra, conhecida como palha toquilla, matéria-prima do chapéu artesanal. O tecido só se transforma em dias úmidos e à sombra, levando um chapéu de 24 voltas, ou " enjires ", mais ou menos 4 meses para fazer.
Em Montecristi, mora o artesão mais antigo. Ele vive ali no litoral do Equador, sempre seguindo a tradição e fazendo o mais caro e famoso chapéu panamá.
Naquela época, as mãos mais experientes do povoado tinham apenas oito anos e já teciam panamá e tecem até hoje. A vista é que anda cansada. Mas dom Fausto teima em não usar os óculos. Ele já tem 90 anos, dos quais 82 debruçados no trabalho da construção dos chapéus panamás.
Dom Fausto conserva as unhas grandes, navalhas do polegar que cortam e trançam palha por palha. Conhece bem os caminhos do delicado emaranhado de fios. Chapéu de fino trato que sai da casa dele para entrar no porrete, sim, para suaviza-lo e estirá-lo, bate-se o chapéu com um porrete de madeira, passa-o e, uma vez concluído, deixa-o novamente ao sol.
Antes de virar chapéu, a palha toquilla passa pelas mãos de muita gente para fazer o clareamento da palha e dar forma e acabamento ao chapéu panamá.
Na oficina de dom Pablo, o rítmo de trabalho é marcado pelo pilão. É assim que se clareia a palha, salpicando pó de enxofre, tarefa que rende um real por hora de trabalho. Depois de 15 minutos de pancada, é hora de botar o sombrero na linha, isto é, no estaleiro. E é com fogo que se dá forma ao chapéu.
Hoje em dia os principais centros de produção são Montecristi, na província de Manabí, Gualaceo, na província de Azuay, e Biblian, na província de Cañar.
Os maiores mercados para sua comercialização são México, Brasil e Estados Unidos, e seu preço pode variar entre U$ 4,00 e U$1.000, segundo sua qualidade e o número de voltas que se elaboram com dois tipos de fibras.
Os tipos mais finos se fazem de " toquillas ". Outros, com a macora, fibra de inferior qualidade. Mas para os artistas, fica o gosto pelo trabalho bem feito, que não sai da cabeça de todo mundo.
Relembrando o acima citado, muitas personalidades aderiram à moda do chapéu-panamá, como Winston Churchill, Kemal Atatürk, Harry Truman, Getúlio Vargas e Tom Jobim. Um dos pioneiros foi Santos Dumont, que já usava o seu em 1906.
A moda também se popularizou entre as estrelas de Hollywood, e galãs como Humphrey Bogart, Clark Gable e Michael Jackson usaram chapéus panamá.
Ah, é um dos símbolos da Malandragem no Rio de Janeiro, e ainda hoje o chapéu é utilizado no verão, tanto por homens como por mulheres ( estas que não conseguem ficarem mais lindas fazendo uso de tal adorno a este ponto de vista ). Por vezes simboliza o ambiente praieiro tropical.
Figurino ideal para se enfrentar o calor sem perder a elegância, o Chapéu Panamá é uma espécie de fetiche mundial. Mais uma vez eles, Santos Dumont, Winston Churchill, Tom Jobim e Humphrey Bogart são apenas algumas das figuras célebres que imortalizaram os Panamá em fotos e filmes históricos.
Mas, o que muita gente nem desconfia é que, apesar do nome, os tradicionais chapéus feitos de palha toquilla são nascidos e criados no Equador. Há tecelões em muitos cantos do país, mas os mais finos, que podem alcançar valores de quatro dígitos em butiques europeias, são feitos na pequena cidade de Montecristi, a 180 quilômetros de Guaiaquil, a maior cidade equatoriana. Leo Madeira viajou até lá, desvendando o processo de produção dos chapéus, desde a colheita da palha até o ponto final da maior " chapeleira " do mundo!
Enfim, diga-se de passagem que, quem me ajudou em nosso último texto juntos ( por motivos alheios ás nossas vontades ) acha o maior charme, já eu particularmente e a mais ou menos um 10 ou 15 anos já ( quando vi pela primeira vez na cabeça do meu santo Zé Pelintra, leia-se, um homem de muito bom gosto... ) sou um apaixonado por eles, o estilo do chapéu panamá faz exatamente o meu estilo bem como o do meu santo, literalmente casa comigo ( e com ele ), e diferente de qualquer outro adorno que eu particularmente dispenso, esse para mim é de fato indispensável, e friso que não regulo seu uso por ocasião, já se tornou um hábito andar por aí com meu velho e surrado chapéu panamá na cabeça.
Além de achar que é um acessório que traz um charme a qualquer visual, é incontestável que ele dá um toque despojado principalmente aos " looks " femininos ( eu pelo menos nunca vi uma mulher ficar " feia " usando um exemplar deles...), o chapéu modelo panamá é perfeito para proteger o rosto e os cabelos nos dias quentes e ensolarados, além é claro de proporcionar a quem gosta de fato uma sensação de conforto e bem estar...!
" CHAPÉU, DIVIDE A CABEÇA DO CÉU.". - Cláudio Fontalan.

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