terça-feira, 27 de junho de 2017

QUANDO OS PAIS ENTERRAM OS FILHOS...!

QUANDO OS PAIS ENTERRAM OS FILHOS...!

( ponto de vista / assunto sugerido ),
" ' Um pai, uma mãe, nunca deveriam enterrar seus filhos ' - diz o pensamento popular, fazendo menção à ordem natural da vida para os que deveriam partir...".
Quando um filho perde um pai não há palavras para expressar os sentimentos, agora, quando se altera o " script da vida " e um pai perde um filho, o chão parece mesmo se abrir ao abismo sem previsão de voltar a se fechar outa vez.
Muitas pessoas já passaram ou passarão por essa situação, se regular por qualquer ourta perda, essa dor deve ser inesquecível e a angústia parece nunca mais acabar.
E, nesta hora é preciso reagir ( não é possível fazer alguma coisa ou até mesmo nada ) a não ser ( tentar ) se manter firme e forte para não esmorecer, pensar que a pessoa está perto de Deus, isso de certa forma conforta um pouco, mas, diante de tamanho impacto que foge ao natural, pode isso ser também apenas mais " palavras jogadas ao vento ", pois a realidade vai vir e vem ( desta vez ) pra bater forte, ou muito mais forte que o comum.
Os pais que perdem um filho e que todos já tivemos oportunidade de observar parecem que estão constantemente e de forma ininterrupta querendo acordar de um pesadelo, eles choram mais que o normal, eles sofrem muito mais que o trivial e muitas vezes ( é comum ) encontram refúgio em ir dormir, e aí ficam depressivos ( e morrem ), tudo para tentar não pensar na dor, mas, nada mais será suficiente para o consolo da morte ( ou da perda ) de um filho.
Assim, como se tentassem de todas as formas esquecer, ou não pensar todos os dias ( ou a cada minuto ou segundo ) na partida do filho querido, e isso acaba tornando o filho cada vez ainda mais presente e o pensamento literalmente voa. Nestes casos, mais que em qualquer outro caso as as marcas permanecem, a " ferida continuará aberta " para sempre independentemente do tempo passar.
Aliás, quando se perde um filho deve parecer mesmo que um pedaço de você morreu também, e você fica sem reação, fica estático mesmo com aquela sensação de que tudo isso é mentira e que tudo voltará a ser como era antes. Mas não vai...
Você se recusa a acreditar no fato, o mundo simplesmente " desabou " em cima de você e de fato, e o choro que tanto faz bem para a alma e conforta vai te consumir, a raiva tomará conta do seu " eu ", e se não bastasse depois ainda vêm os " porquês "...
Até nos perguntamos ( ou se perguntam os que passaram por isso ) se o dito Deus existe realmente e que nos coloca diante de uma prova tão difícil assim, e a primeira pergunta em meio a tantos " porquês " deve ser justamente essa: Porque Deus ( se é que ele existe ) não me levou no lugar dele?
Alguns morrem tão jovens que nem chegaram a viver, teriam uma vida inteira pela frente, e várias perguntas, reflexões e depressões virão com a dor da perda de um filho.
Imagino que jamais aceitaremos perder um filho, acreditando nós em Deus ou não, pois nem é a " ordem natural da vida ", na qual o filho deve enterrar os seus pais.
Enfim, um vazio enorme, daqueles que ( eu particularmente ) acredito que o tempo não cure mesmo, e que não adianta nem o tempo passar pois a dor continuará, e o que nos dará forças para continuar numa ocasião como essa, supostamente seria apenas a incógnita de que um dia vamos nos encontrar.
Ao longo da minha vida devo ter dado inúmeros " desgostos " aos meus pais ( e não só eu, isso deve ter acontecido com muita gente também ), mas esse em específico e que era sem dúvidas o maior medo dos meus pais ( ouvia deles constantemente sobre a regra da vida... ), esse graças a Deus não dei ( ou demos ), e só quem perdeu os pais sabe o tamanho da dor que é, e é justamente enquanto tentamos superá-la, enquanto crescemos e amadurecemos, mesmo sozinhos, " crus " e distante deles que refletimos sobre como ainda é muito " mais fácil " ( simples, comum ou menos doloroso ) um filho enterrar um pai do que apenas imaginar como seria um pai enterrando um " pedaço seu mutilado ", o seu filho...!
Um trechinho real para concluir, com uma maior reflexão acerca do assunto que não sei se soubemos abordar, segue...
" Filho amado, hoje olho a sua fotografia e as lágrimas molham o meu rosto. Não consigo aceitar que você partiu, não consigo acredita que você foi para junto de Deus antes de mim. Não era assim que era pra ser. Deveria ser proibido de um filho morrer antes da mãe. E sabe o nome da dor que hoje sinto: Saudade! Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.". - Autor desconhecido.
" PRA ONDE VAI " - GABRIEL O PENSADOR,
https://www.youtube.com/watch?v=LKsW9-vLfxo

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